Lá vai o motorista de novo, arrancando tão rápido com esse bendito carro que as minhas lágrimas vão escorrendo, ficando pelo vento, marcando o caminho seco de corretivo e blush do meu rosto.
Saudade da minha avó deslumbrada com a escada do shopping que tem fitas de led embutidas no corrimão. Saudade de sentir o cheiro do leite com canela fervendo da canjica em junho. Saudade do meu primo Lenan ainda criança, pintando desenhos, brincando, lendo a revista recreio, conversando sobre qual brinquedo do Mc Donalds a gente ia combinar de pegar diferente da próxima vez que fôssemos passear. Saudade do meu passado tão tranquilo, tão despreocupado. Saudade do futuro que eu sonhei pra mim e o destino se recusa a me dar. Ah, lágrimas, parem de cair.
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