Entendi que as pessoas não aguentam muito tempo alguém triste. E está tudo bem, mesmo.
Desisti de falar que estou mal, porque realmente estou nessa há mais de um mês. As pessoas se cansam, eu também.
Tristeza afeta a nossa saúde física.
Lembro-me de quando eu terminei com meu primeiro namorado e passei o final de semana com febre, feito uma donzela. Lembro-me de precisar tomar remédios de homeopatia, pedir atestados médicos para me afastar do trabalho da editora por uma semana, porque não estava dando conta de idealizar questões e chorar copiosamente ao mesmo tempo. Lembro também de quando o chefe disse palavras duras sobre eu não estar em condições e me incentivar a pedir logo demissão, porque eles não podiam esperar a minha tristeza passar.
Alguns anos se passaram e onde estou agora? No mesmo não-lugar. Mais forte e mais fraca. Mais madura e igualmente doente. Conscientemente doente por tristeza de amor e o frio incomum do Rio de Janeiro que é mais inflamador de corações e pulmões que o de Curitiba.
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