Entrei no Facebook para ler uma postagem antiga sobre a Cláudia Rodrigues. Acabei rolando um pouco do feed para ver um pouco de pessoas do meu passado, algumas que já não me lembro o nome. Coordenadora pedagógica do primeiro colégio que eu trabalhei, aquela professora de biologia que às vezes ia pro ponto de ônibus comigo, olha a menina que fazia duas hotelaria e Letras ao mesmo tempo está apresentando projeto em faculdade de outro país. Caramba, mais uma teve bebê, socorro essa já ta no segundo.
Muitas postagens de amor infinito, juras iguais as do ano passado, juras com as mesmas palavras de sempre, tão cheias de sentimento e de pixels. Fotos de casais, fotos de pessoas, fotos de fotos. Pessoas, palavras, pessoas, propagandas. Por que foi um dia tão normal pra mim?
Dei aula, programei post, preparei aula, montei exercícios, cheguei pontualmente na sala. Na sala virtual, claro. Pessoas virtuais, câmeras fechadas, to vendo meu próprio material, "vocês entenderam até aqui?"... Sí, profe. Meus alunos já estão cansados, a aula de espanhol é a última coisa da lista do dia. E eu que trabalho o dia todo porque é a primeira prioridade do meu.
Que dia dos namorados mais curioso. Não to triste, não to jantando, nem escrevendo cartões, não to solteira, não to com meu namorado. Que dia dos namorados com cara de segunda-feira.
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