sexta-feira, 22 de novembro de 2024

A era da impermanência

Como criar raízes em terras griladas?

numa verdade enlameada?

na palavra que não habita a memória?


Como baixar as âncoras 

num lago raso de oásis?

em ilhas privativas de um particular que nunca vi? 

Num mar que não tem cabelo?


Como sentir nesse mundo sem sentido?

nesse planeta temporário

nesse solo escravizado

nesse não-lugar que renasce a cada dia


E o amor

Ah, o amor é só uma ideia... 

A incompatibilidade com esse mundo vai me deixar doente. 

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