É noite, há uma casa num lugar afastado, com natureza. Uma mulher descobre algo dentro da casa, minutos antes de fechá-la para ir embora. Seu marido é o culpado e ela decide matá-lo imediatamente. Toma uma arma com dois canos na mão, arma o gatilho e entra no carro. Ele está no carona, já com cara de quem não queria estar esperando e se assusta. Antes que diga qualquer coisa, a mulher atira na altura dos ombros dele, mas ele põe uma mão na frente, o tiro pega de raspão.
Uma terrível discussão começa, eles saem do carro e continuam machucando um ao outro. A mulher corre e continua atirando, mas algo a atinge. Ambos se perdem de vista por um momento, há muita vegetação e árvores ali, à medida que se afastam das luzes da varanda da casa tudo fica escuro.
O homem aparece, a golpeia e ela devolve a dor pousando a arma na altura do estômago dele. Atira, ele cai, rolando para perto da plantação de milho. A visão da mulher vai ficando turva, ela sente que também vai morrer. Que merda, está perdendo os sentidos. Se aproxima do calçamento da nova garagem em construção e deita no chão. Então é assim que morre, mas ela nem sabe o motivo.
Quando acorda sua mente grita, seus familiares estão ao redor, o lugar parece a casa de seus avós. Não fale nada, ninguém pode saber nada. Então percebe que usa camisolas brancas e tem uma faixa na barriga, machucados nos braços e a cabeça dói muito. Não fale nada, ninguém pode saber nada. Sua família fala sem parar. Onde está o marido? Ele também sobreviveu?
Olham com muita pena pra ela. Deve estar viúva, que bom. Ela pisca e tudo que era branco se transforma em palha. Teto de palha, chão de palha, roupas de palha. Desmaia, acorda depois de mais três dias.