Meu braço ainda estava doendo, apesar da auriculo. Queria fazer crochê, iniciando um novo projeto. Mas eu não tinha as linhas para o projeto novo e já estou um pouquinho cansada das bolsas que comecei mês passado. Decidi insistir um pouco mais e peguei o projeto antigo, mas ainda sentia que faltava alguma coisa. Liguei a TV, coloquei no programa de comédia que mais assisti na vida e me deixei afundar naquele mar de familiaridade.
Dez minutos depois o programa acabou e começou um filme. Um filme que eu já tinha visto, mas que valia a pena ser visto novamente, cada minuto. Freddie Mercury começou a ser exageradamente interpretado, do jeitinho que o cinema gosta e eu me doei pro filme e pro crochê, cantando todas as músicas, sentindo os pelos dos braços subirem, arrepiados.
De repente tive uma ideia brilhante: como não tinha pensado nisso antes? Eu tinha que ter passado cada dia do carnaval vestindo uma roupa diferente. Mas o que eu tinha na cabeça usando vestidinhos e conjuntinhos? Fala sério, eu teria ficado muito gostosa de calça jeans, blusa branca e bigode. Mariana Mercury. Preciso do próximo carnaval, as epifanias afloravam. Primeiro Freddie, depois Diper e Michael Jackson.
Era exatamente isso que estava faltando, ser surpreendida pela aleatoreidade da TV, de um jeito que nem eu sabia que precisava.
Nenhum comentário:
Postar um comentário