quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Vir a ser

 O tempo vai passando como um vento furioso, não espera, não para, não diminui a velocidade. E eu me confundo armando tramoias, modificando o meu jeito de passar por ele. Ora corro atrás dele, na vã tentativa de alcançá-lo, ora olho pra trás, tentando agarrar com as mãos os seus vestígios, para soprar diferente. Quando então percebo que a minha força é inútil, sento, frustrada, e só o sinto passar. Se corro, se paro, se fico, se vou... Todas as artimanhas estão equivocadas. Preciso aprender a caminhar em direção favorável, dançando com ele, o tipo de dança livre que não se ensaia. 

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