segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023
Palavra nova, professor do passado
domingo, 19 de fevereiro de 2023
Diário de uma concurseira Dia 29
Todos os dias vem um beija-flor na minha janela. Será que tem um ninho no telhado do prédio? Será que devo colocar aquele negócio de plástico com água dentro pra ele beber? Vou pesquisar, mesmo que isso interrompa a vídeo aula dificílima de conhecimentos bancários.
Deus google diz "O mais indicado para a alimentação artificial de beija-flores é combinar quatro partes de água previamente filtrada com uma parte de açúcar. Dando um exemplo prático com números, numa mistura de 100 ml deveremos ter 20 ml de açúcar e 80 ml de água."
Diário de uma concurseira dia 28
O professor de matemática MUCHO LOCO.
Ele deve ter seus 50 e tantos anos? É. Mas é muito engraçado e sensato. Faz piada como quem fala a verdade e a gente ri porque a verdade é assim, quanto mais se fala sobre ela, menos se acredita e então vira piada. Comecei a tomar nota das coisas que ele fala, por motivos óbvios.
1) Ah, você não gosta de fazer conta com vírgula? Não faz com vírgula. Depois você coloca.
2) Aquele aluno tosquinho vai chegar e falar assim "AH, PROFESSOR, MAS EU NÃO FAÇO DESSE JEITO AÍ NÃO." Agora vai fazer.
3) Para com esse negócio de falar JUROSSSSSSSSSSSSS. É JURO. REPETE, "JURO".
4) Era uma vez um patrimônio que ganhou um aumento de 60%...
5) Olha aqui, Papudo. (cara, de onde saiu esse "papudo"? minha mãe também fala isso às vezes. Pesquisando na internet por bordões com "papudo" encontrei que o personagem "Bento Carneiro" de Chico Anísio falava isso.)
6) SOMAR NÃO EXISTE. Produtar existe? Existe SOMA e PRODUTO. O nome da operação é ADICIONAR.
Depois de tudo isso, além de ficar mais doida e um pouquinho menos ignorante em matemática, saí com a dúvida "Capital inicial, a banda, tem relação com matemática? De capital inicial investido?"
Diário de uma concurseira Dia 6
Às vezes, durante as aulas, minha mente viaja. Não porque a aula está chata, mas porque vem uma ideia nova à cabeça. É curioso porque há muito tempo as ideias para novas histórias não me visitam e agora, que eu preciso de toda atenção e foco, elas se apresentam brilhantes e transparentes como vidro.
Dessa vez foi assim, eu estava na aula de informática. O professor falava sobre protocolos de e-mail, sobre as diferenças entre o POP3 e o IMAP.
No POP3, o cliente de email baixa as mensagens e as apaga do servidor. É o sistema mais usado, dá mais espaço para o servidor. No IMAP, é possível acessar as mensagens diretamente do servidor, podendo baixá-las ou não. É mais novo, melhor para o ambiente corporativo, porque facilita o acesso às mensagens quando o colaborador tem que usar mais de uma máquina.
Beleza. No meio de tudo isso, veio assim na minha cabeça
"Era uma vez um aplicador de provas de concurso público. No começo de sua carreira aplicando provas ele ficava muito desesperado vendo coisas que iam além de folhas de papel, canetas azuis e pretas de corpo transparente e corpos humanos a sua frente. Ao mesmo tempo que isso que ele via se mover pela sala, translúcido e coletivo, o causava pavor, trazia também fascinação. Por isso, ele continuou trabalhando com isso. Depois de anos formados apenas por domingos eternos de observação ele estava sério. Esperou o último candidato sair em trio, como sempre, para então questionar: por que, Deus, tantos candidatos saíam da prova e não levavam consigo sua confiança? Elas ficavam vagando pela sala até escapulir pela janela e encontrar seus determinados corpos."
A princípio essa ideia veio na forma de uma crônica, mas por haver esse elemento fantástico, talvez seja melhor transformar num conto.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023
Diário de uma concurseira Dia 17
Minha rotina está tão rotineira que até o meu cocô está saindo na mesma hora e com o mesmo tamanho.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
Diário de uma concurseira Dia 16
O professor de português personagem live action.
"Não, porque eu vou conjugar aqui o verbo "reaver" no pretérito perfeito. Não é "reavi" do jeito que vocês falam. (...) Sim... Na minha época os professores eram mais exigentes, por isso que eu falo dessa maneira. Mas foi bom."
Até quando? Estou farta desse "eu"
"vocês".