Tenho ido dormir mais cedo porque a ansiedade do que pode acontecer na manhã do dia seguinte é muito grande. Ontem havia estabelecido que iria começar meus estudos investigativos sobre o teatro cervantino às oito da noite, depois de lanchar e jogar vídeo game.
Ás oito em ponto eu já tinha lavado a louça, tomado banho e desligado o console. Deitei na minha cama, olhei pro teto. Então comecei a imaginar, e só de retornar àqueles pensamentos fico arrepiada.
No meu sonho tínhamos um combinado. Estávamos na praia, mas ventava bastante, por isso as roupas eram um pouco pesadas. Esticamos a toalha, nos sentamos de costas um para o outro e então começávamos a contar as aventuras da vida, caso achássemos pertinente, apoiávamos as costas um no outro.
Virávamos de frente para o mar, contávamos mais alguma coisa, se pertinente, os ombros se encostavam. Virávamos de frente um para o outro, mais alguma coisa, se pertinente, dávamos as mãos. A coisa acabava aí, você ia pra sua casa, eu ia para o hotel. Escurecia. Eu lembro de levar meu vídeo game pro hotel e estar desligando para ir dormir quando o recepcionista liga para o meu quarto avisando que alguém me esperava lá embaixo.
Autorizei que você subisse. Sua expressão era confusa, a respiração descompassada. Então você me abraçou e fechou a porta.
Quando dei por mim, estava dormindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário