Apesar de haver mil coisas presentes para se preocupar, Ana se perdeu por um momento num devaneio de lembrança passada, daquele tipo que vem sem contexto, uma vez só e se não der atenção vai embora.
Havia um carro, uma estrada comprida que dava num túnel.Estava no banco da frente, cantando, olhando para a janela. De repente uma mão lhe toca a perna. Ele tirou a mão da marcha para ir de encontro a sua perna.
Sentiu o rosto esquentar, acariciou aquela mão. Foi rápido, sincero e verdadeiro. Corriqueiro demais para que as pessoas normais percebam, se importem, ou recordem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário