A gente passa 13 períodos para entender que o poder da linguagem é se comunicar pra chegar na hora, na frente dos familiares, e reproduzir palavras difíceis, truncadas, construções longuíssimas, superlativos absolutos sintéticos que ninguém a nossa frente vai acompanhar. De que adianta fazer um discurso se só te ouve quem está às suas costas?
De que adianta ser tão culto, cheio dos verbetes, vocábulos, sintagmas, signos e significados, se você está fazendo as pessoas dormirem?
Se depois do teu discurso tem um abismo no lugar do palco?
Aí o estudante de letras se torna um personagem distante, elevado pelas palavras. Não se trata de degraus, o diálogo é uma estrada, daquelas retas mesmo.
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